Fazer um minucioso e destemido inventário moral de mim mesmo é enxergar as minhas sujeiras, sair do esconderijo e reconhecer a minha hipocrisia. Parafraseando um companheiro experiente, é listar os meus hábitos destrutivos, as minhas falhas de caráter, os erros que cometi, as consequências das minhas escolhas erradas com as quais convivo agora e os danos que causei a outras pessoas, revirando o lixo do meu passado.

“Eu sou isso!” era a revelação que eu hesitava aceitar ao realizar um inventário pessoal honesto. Racionalizações e desculpas impediam que esse processo acontecesse, pois sabia da dose de tristeza que me esperava e temia a dor que tal enfrentamento causaria.

Esse exercício foi um meio de descarregar emoções nocivas armazenadas em meu corpo. Chorei, confesso, mas percebi que as palavras listadas se libertaram da carga que pesava sobre elas. Porém, foi muito importante ser cruel comigo e não apenas gentil. Tive que ser capaz de admitir que precisava, sim, incorporar outras qualidades.

Agora posso assumir a responsabilidade por tudo que sou, inclusive aquilo que não gosto.

Disse-me um experiente companheiro, que para enfrentar a dor e a tristeza de realizar um inventário moral, é necessária a alegria do Poder Superior que nos dá força.

Só por hoje!