Quando conheci meu marido eu não sabia de sua dependência química, embora desconfiasse. Ainda éramos noivos quando ele resolveu me contar, fiquei apavorada, mas por amor resolvi ajudá-lo. Sem saber lidar com essa doença, me permiti cair em suas manipulações e mentiras ao ponto de me casar pensando que teria controle sobre ele e seu uso de drogas.
Após alguns meses percebi a realidade e vi o quanto a situação era séria. Pedia-lhe que parasse de usar; ele prometia, mas não conseguia cumprir. Tentamos de tudo e nada adiantou. Até que lhe sugeri a internação em uma clínica de recuperação.
No início ele não aceitou, mas disse-lhe que essa era a minha condição para continuar com ele, pois eu não aguentava mais essa vida. Por fim ele concordou e na clínica me indicaram o Nar-Anon. Comecei a frequentar as reuniões e através das partilhas de força e esperança percebi que não estava mais sozinha. Em poucos meses aprendi que não devo criar expectativas pelo amanhã e estou aprendendo a viver Só Por Hoje.
Ainda encontro dificuldades, mas os Lemas e a Oração da Serenidade têm me ajudado muito.