Minha mãe é dependente de álcool e só parou de ingerir substâncias alcoólicas quando ficou doente devido a outro fator. E só por hoje está sóbria. Tenho 27 anos, e desde criança, vi, convivi, e lutei diversas vezes contra o alcoolismo dela, acreditando que um dia haveria "cura". Durante esse tempo sofri inúmeras agressões verbais, físicas e psicológicas, além de não ter sentido afetividade por parte dela. Nossa relação ficou extremamente enfraquecida por causa do uso e abuso do álcool. Entretanto, em nenhum momento pensei em abandoná-la. Eu sofri muito!
Recentemente, descobri que meu irmão também é um adicto. Meu mundo novamente se desmoronou, mas encontrei no Nar-Anon a possibilidade de manter a Mente aberta e aprender a reaprender. Conviver com a adicção ao longo de minha vida me ajudou a entender melhor, dia após dia, a situação na qual ele se encontra, mas não minimiza a dor que sinto em vê-lo diante da doença. Apesar do meu irmão estar frequentando o NA, ter buscado suporte com outros profissionais, e só por hoje ser um adicto em recuperação, minha cabeça ainda está atordoada, impaciente.
O Lema Vá com calma, a frequência às reuniões e a prática do programa me dão esperanças de encontrar a paz e serenidade que procuro.